Geotecnologia, uma aliada da gestão pública para monitoramento dos municípios

Há seis meses, no dia 19 de fevereiro, São Sebastião enfrentou uma tempestade de proporções catastróficas, que deixou um rastro de destruição e perdas irreparáveis. A chuva assolou a cidade litorânea com uma intensidade fora do comum, atingindo cerca de 700 mm em 24h, índice jamais registrado neste espaço de tempo. Entretanto, a geotecnologia provou ser uma importante aliada nas tomadas de decisões durante e após a tragédia.

Com as redes de comunicação colapsadas, o sistema Geopixel Cidades, adotada pela prefeitura de São Sebastião, permitiu a identificação das áreas das regiões atingidas, aliando ao cadastro atualizado das famílias, o que possibilitou uma avaliação precisa dos danos e uma melhor coordenação dos esforços de resgate.

“Quando o comandante do corpo de bombeiros veio conversar comigo, dizendo que tinha uma foto aérea das áreas atingidas, a imagem mostrava todo o cenário de destruição da cidade. Eu estava com umas 40 pessoas dentro da sala, imprensa do lado de fora e ele perguntou se eu saberia identificar onde estavam as casas. Eu pedi uns 15 minutos para ele e acionei a Secretaria de Educação para que trouxesse as camadas com todas as poligonais das residências, que nós já havíamos feito identificação através dos relatos de moradores, casa a casa, de onde haveriam as possíveis vítimas”,

Felipe Augusto, prefeito em São Sebastião.

Imediatamente a Geopixel, começou a corrida para a aquisição de imagens atualizadas de satélite como forma de apoio à prefeitura. Cinco dias depois, com a ação coordenada das equipes de resgate orientada pelo sistema Geopixel Cidades, haviam sido recuperados 64 corpos e salvas 28 pessoas. Essa ocorrência demonstrou como a tecnologia pode agir como um farol de esperança durante os momentos mais sombrios.

 

O gestor municipal ressalta que a cidade contratou uma ferramenta de Geotecnologia da Geopixel, o Geopixel Cidades, para regularizar, fazer justiça social, organizar o bairro, dar dignidade para as pessoas, mas somado a isso, eles conseguiram encontrar pessoas, num dos momentos mais difíceis que a cidade enfrentou.

Em 5 dias, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros tiveram condições mais favoráveis para salvar com vida 28 pessoas e realizar o resgate de 64 corpos, dando dignidade às famílias que puderam enterrar seus familiares.

Na tragédia ocorrida em Teresópolis, em 2011, a história foi um pouco diferente: “Na época, as plantas da cidade eram de 1955, foi muito difícil para planejar um plano de voo para resgatar pessoas”, relatou o subsecretário de Planejamento, Theo Panagoulias.

Segundo ele, o sistema de geotecnologia veio para mudar este cenário e a prestação do serviço público. Atualmente, a cidade conta com uma sala de situação para fazer demonstrações ao contribuinte. Isso ajuda o munícipe a enxergar o que está acontecendo com o serviço que está sendo prestado a ele.

“A ferramenta de geotecnologia nos ajuda a saber o que estamos gerindo e como estamos nos organizando. O que mais nos estimula a trabalhar com essa plataforma e a ter ótimos resultados são a transparência dentro do processo como um todo. Você pode apresentar para o Ministério Público e para a Defensoria Pública, como está o status quo da cidade e as perspectivas para se trabalhar no futuro, tentando chegar a um modelo de cidade ideal e dos sonhos de todo mundo. É melhoria de qualidade de vida”.

Theo Panagoulias, subsecretário de Planejamento Teresópolis

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